PSICOLOGIA E PSICOTERAPIA - PERGUNTAS FREQUENTES
Qual é o preço das consultas de psicologia?
O preço das consultas é comigo (José Armindo) é 80 euros. As Consultas da Beatriz Lourenço têm um preço de 50 euros. Todas as consultas da Beatriz têm supervisão por parte de colegas mais experientes. A eficácia, preparação e cuidado com os princípios éticos estão assim duplamente assegurados. É uma óptima oportunidade para obter um serviço de qualidade a um preço mais acessível. As consultas à distância têm os mesmos preços das consultas presenciais. As primeiras consultas têm o mesmo preço das consultas de seguimento.
Quanto dura uma consulta?
As consultas de psicologia ou psicoterapia têm uma duração de 50 minutos. Há casos em que podem durar mais, sempre que isso for fundamental para o bem-estar e segurança dos/das pacientes.
Qual a diferença entre Psicologia e Psicoterapia?
A psicoterapia é uma especialidade da psicologia. Em psicoterapia, terapeuta e paciente procuram descobrir a solução para problemas emocionais, comportamentais ou de personalidade que produzem sofrimento ou a diminuição dos níveis de funcionamento social, profissional ou familiar dos pacientes.
O processo psicoterapêutico é assim um processo orientado por um psicólogo qualificado, que visa alcançar mudanças, duradouras no tempo e adaptáveis às circunstâncias, de modo a aumentar o bem-estar e o equilíbrio psicológico das pessoas.
Quanto dura o processo da psicoterapia - Quantas consultas são necessárias?
Já tive casos de duas sessões e casos de dois anos com consultas semanais. Depende do problema, da sua duração e intensidade, dos recursos existentes, da história do paciente, das suas condições actuais e da relação que paciente e terapeuta conseguem estabelecer. O processo psicoterapêutico decorre ao longo de várias consultas, habitualmente uma consulta por semana. Há casos em que o intervalo das consultas é maior, podendo ser quinzenal ou até mensal.
Existem vários tipos de psicoterapia?
Existem várias formas de Psicoterapia. A minha formação académica e a minha perspectiva pessoal acerca do que é a ciência e o método cientifico orientaram-me para a Psicologia Cognitivo-Comportamental. É a mais estudada e validada forma de psicoterapia. É habitualmente mais eficaz, mais rápida e mais orientada para a solução dos problemas no presente.
Pode encontrar mais informação acerca deste tipo de terapia na página Psicoterapia. Poderá também encontrar informação mais exaustiva directamente na página do Instituto do Dr. Aaron T. Beck, o fundador da Terapia Cognitivo Comportamental.
Que tipo de problemas psicológicos são tratados?
As pessoas que vêm às consultas procuram ajuda para resolver os seus problemas específicos. Estima-se que uma em cada 5 pessoas sofre com algum tipo de problema psicológico que um psicólogo pode ajudar a resolver. Podem ser questões relacionadas com o sono ou a alimentação, com as relações com os filhos, com a família mais alargada ou com o ambiente de trabalho. Ou questões pessoais como uma baixa auto-estima ou dificuldade de aceitação pessoal.
Por vezes são questões de desempenho, pessoal, sexual, social, escolar ou profissional. Por vezes são questões de tipo comportamental como desejar mudar um comportamento específico (deixar de fumar ou beber, comer melhor, estudar mais, deixar de gritar com os outros, etc). Outras vezes são questões mais emocionais como nos casos da depressão ou da ansiedade em que os sentimentos de tristeza ou de medo se tornam invasivos e impedem as pessoas de terem tranquilidade e prazer no seu dia a dia.
Outras vezes esses problemas podem ser descritos como psicopatologias específicas ou problemas de personalidade e traduzem-se em padrões de funcionamento pessoal e social disfuncionais, para a pessoa e/ou para os que a rodeiam. Habitualmente, qualquer um destes problemas produz sofrimento psíquico e/ou uma diminuição do seu nível de funcionamento (social, familiar e/ou profissional).
Nas páginas Patologias e Serviços poderá encontrar mais informação sobre os problemas tratados através da psicoterapia e as características principais de cada um deles. Se ainda necessitar de mais alguma informação pode contactar-me através deste este e-mail - diasuteispsicologia@gmail.com.
Os resultados são garantidos?
Os resultados da Psicoterapia não podem ser garantidos. Há factores que o terapeuta não pode controlar - factores individuais, do meio ambiente do paciente e da própria relação de empatia que paciente e terapeuta estabelecem (ou não estabelecem). Desconfie de alguém que lhe promete a cura infalível.
A psicologia pode ajudar mesmo quando não tenho nenhum problema?
Sim, um Psicólogo pode ajudar quando queremos construir uma boa auto-estima, alterar traços e características psicológicas em nós próprios, mudar comportamentos, melhorar relações, ultrapassar limitações, superar crises ou simplesmente conhecermo-nos melhor. Ou quando temos um sentimento geral de que algo não está bem e queremos descobrir um significado para as nossas vidas.
O que se passa nas consultas?
Nas consultas o paciente fala dos seus sintomas e do que o/a preocupa. A partir dos sintomas identificados procuramos identificar as causas e as possíveis soluções que existem. São propostas soluções e ensinadas estratégias para resolver cada um dos problemas identificados.
São propostas formas alternativas de resolução dos problemas que vão surgindo no quotidiano. São também solicitados trabalhos de casa que serão analisados na seguinte sessão. Em cada sessão são avaliados os progressos e as dificuldades.
À medida que as pessoas vão ultrapassando os seus problemas, deixam de sofrer e constroem as competências necessárias para lidarem com situações futuras, as consultas vão sendo mais espaçadas.
Como posso ter a certeza que uma pessoa é mesmo psicólogo(a)?
Para o exercício da psicologia, em Portugal, é obrigatório o(a) psicólogo(a) estar inscrito(a) na Ordem dos Psicólogos Portugueses e possuir Cédula Profissional. A cédula é um documento com elementos únicos e intransmissíveis, que identificam o(a) profissional, nomeadamente: número de cédula, nome completo e nome profissional. Por exemplo, o meu número de inscrição na Ordem dos Psicólogos Portugueses é o 3876.
O que é um acompanhamento psicológico?
Talvez um exemplo prático possa explicar melhor. M tinha passado por um divórcio e apresentava sintomas depressivos severos e dependência de álcool. Na sua fase pior, tinha ideação suicida (vontade de morrer). Iniciámos um processo de psicoterapia, com sessões semanais durante cerca de 6 meses.
Ao longo do processo, deixou de beber e, progressivamente os sintomas depressivos desapareceram. Encontrou novas relações e adoptou um sistema de pensamentos e comportamentos mais saudáveis e adaptados. No final deste processo, combinámos consultas de mês a mês, depois de três em três meses e finalmente apenas quando M quiser.
Esta fase de consultas mais espaçadas, apenas para ajuda em momentos de crise e para vigiar e consolidar os resultados da terapia é um acompanhamento psicológico - uma ajuda pontual para apoio em momentos de dúvida ou crise.
Os psicólogos estão obrigados a manter a confidencialidade do que lhes é dito em contexto clínico? Há excepções?
Sim, os psicólogos estão obrigados a manter a confidencialidade em contexto clínico. Tudo o que lhes é revelado em consulta deve ser mantido em confidencialidade, com algumas excepções relacionadas com a existência de um risco e/ou perigo de vida imediato para o próprio e/ou outros.
Existe alguma tabela de preços de consultas de psicologia?
Não. Não existe nem vai existir uma tabela de preços de serviços prestados pela psicologia a ser disponibilizado pela Ordem dos Psicólogos.
Os psicólogos são obrigados a passar recibos relativos às consultas?
À semelhança de outras prestações de serviços, sempre que houver um pagamento inerente a uma consulta de psicologia, deve haver um recibo relativo a esse pagamento. O recibo pode ser emitido pelo psicólogo, se for trabalhador independente, ou pela instituição, clínica ou gabinete onde exerce as suas consultas, na forma de Factura/Recibo.
Em que é que um psicólogo é diferente de um médico psiquiatra?
Um psicólogo não é um médico. O tratamento psicológico é feito habitualmente sem recurso à medicação. Mas por vezes, a melhor abordagem é uma combinação de psicoterapia com uma intervenção farmacológica. Sempre que esse for o caso, serão propostas uma ou duas consultas de psiquiatria que podem ser efectuadas no mesmo local das consultas, seja no consultório da Rua Sá da Bandeira, seja na Ordem da Trindade.
Para saber se o desempenho de um psicólogo, em consulta, está correcto, a quem devo recorrer?
Pode, e deve, recorrer à Ordem dos Psicólogos. Esta é a instituição que regula a profissão de psicólogo(a) em Portugal. A Ordem está habilitada a esclarecer questões de ética e deontologia, através do Código Deontológico em vigor, e a investigar sobre as práticas e/ou exercer, sempre que se justifique, o poder disciplinar sobre os profissionais inscritos de acordo com o Regulamento Disciplinar em vigor.
A Ordem dos Psicólogos recebe reclamações e/ou queixas por parte do público?
Sim. A Ordem dos Psicólogos recebe e trata reclamações/queixas relativas à prática profissional dos psicólogos sendo as mesmas tratada de acordo com a legislação em vigor, ou seja, do Código Deontológico e do Regulamento Disciplinar, instrumentos fundamentais ao órgão competente para o efeito - Conselho Jurisdicional.
Existem psicólogos especializados em problemas de crianças?
Sim. Existem psicólogos que estão vocacionados ou adquiriram experiência no acompanhamento de crianças e das suas problemáticas específicas. Para além da minha prática privada, trabalhei de 2002 a 2008 com os alunos das escolas do ensino básico do conselho de Matosinhos, realizando avaliações psicológicas e resolvendo problemas como dificuldades com o sono, enurese (xixi durante o sono ou durante o dia), medos exagerados, ansiedade de desempenho, dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento, dificuldades dos pais com os comportamentos dos filhos e problemas específicos da fala e da linguagem.
De 2008 a 2011 trabalhei com jovens adolescentes na Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos. Tenho ainda formação específica em Logopedia (Perturbações da fala e da linguagem) e sou creditado pela DREN para a elaboração de relatórios especializados. Na página Psicologia de Crianças poderá encontrar os problemas em que tenho experiência e que estou habituado a tratar.
O psicólogo pode dar consultas em casa da pessoa que a ele recorrer?
Ainda que não seja uma prática habitual, em situações excepcionais isso poderá ser possível desde que se mantenha as condições básicas inerentes à sua prática.
Sempre que são aplicadas provas de avaliação por parte de um psicólogo, o resultado das mesmas é confidencial?
Os resultados da aplicação de provas de avaliação psicológicas são propriedade do cliente. O ideal será o cliente tenha acesso aos mesmos através do psicólogo ou de outro por si indicado, no sentido de evitar más interpretações. Se a decisão da aplicação da prova for acordada entre o psicólogo e uma instituição para a qual o psicólogo trabalha, do mesmo modo o cliente pode ter acesso aos resultados a não ser que esteja previamente acordada outra condição.
A Psicologia é uma terapia alternativa?
Não. A Psicologia é uma ciência, que utiliza o método científico, técnicas próprias, sem recorrer a medicação, com psicopatologias devidamente diagnosticáveis, em que as perturbações são avaliadas através de instrumentos previamente validados, específicos e mensuráveis, e intervencionadas através de técnicas validadas cientificamente.
Diz-se na gíria que “só os malucos é que vão ao psicólogo”. Isto é verdade?
Não. A intervenção é sempre feita com base em pressupostos científicos, independentemente da perturbação ou da fase de vida específica (ou episódio isolado) pela qual a pessoa está actualmente a atravessar. Qualquer pessoa sem nenhuma perturbação diagnosticada poderá beneficiar de uma intervenção psicológica aumentando o conhecimento de si própria ou trabalhando qualquer tipo de questões vivenciais (existenciais).
Se o psicólogo necessitar de supervisão da sua prática profissional, pode revelar o nome do seu cliente?
Não. O psicólogo não pode nem deve, em alguma circunstância, revelar o nome do seu cliente.
Os pais/cuidadores devem ou não estar presentes nas consultas de psicologia do filho/criança ao seu cuidado?
Depende da situação. O psicólogo deve usar o seu julgamento profissional para salvaguardar a confidencialidade dos dados que lhe são fornecidos durante a consulta. No entanto, não deve impedir, aos pais/cuidadores, o acesso a dados fundamentais que promovam a melhoria da qualidade de vida da criança.
Se algum elemento da família e/ou amigos se dirigirem ao psicólogo para solicitar informações relativas a um acompanhamento específico que esteja a ser feito a um amigo ou familiar seu, o psicólogo pode divulgar?
Não. Em nenhuma circunstância o psicólogo deve facultar, a quem externo ao processo, lhe solicita, qualquer informação relativa a um acompanhamento psicológico, a não ser que para isso seja mandatado pelo seu cliente.
Se um psicólogo for notificado pelo tribunal, a levantar o sigilo dos dados fornecidos pelo seu cliente, pode quebrar a confidencialidade?
Pode. Mas a abordagem mais adequada que o psicólogo pode ter, numa audiência/audição, será falar sobre a boa prática da psicologia, de quais os métodos utilizados para uma determinada intervenção e/ou acompanhamento e deixar ao critério do Tribunal o juízo se, uma determinada prática, foi bem ou mal aplicada. É da competência do psicólogo, caso notificado, informar as autoridades acerca das probabilidades de um determinado cidadão, com um determinado perfil e/ou diagnóstico, representar uma ameaça, com potenciais comportamentos de risco.
Os psicólogos devem explicar, numa primeira consulta, qual o método que utilizam e vão utilizar ao longo da sua intervenção?
Sim. É da responsabilidade do psicólogo informar e acordar com o cliente o utilizador dos serviços as principais linhas de intervenção assim como os honorários aplicáveis.
O psicólogo poderá também, se considerar que a revelação de determinadas informações poderá ser prejudicial para o seu cliente, invocar o direito de escusa que poderá ser retirado por um tribunal de instância superior.
Se ainda tiver questões, não hesite em escrever-me - diasuteispsicologia@gmail.com. Serei breve na resposta.